Choro. Choro ter perdido a confiança na gente. A confiança que não vão levar coisas que não lhes pertencem, por acessíveis que estejam. Levaram a mochila que estava na minha bicicleta, estacionada num centro comercial.
A mochila com a tenda, o boné, o caderno de apontamentos, os chinelos, um carregador de telemóvel,o carregador solar, lâmpada frontal e da tenda,corda e molas da roupa. A mochila que já viajou à volta do mundo, que já esteve em dezenas de países. A mochila que transportava desde há 8 anos uma escova de dentes que me tinham oferecido na Sibéria e que contava voltar lá com ela. Choro. Choro por ter acreditado que mais uma vez, como nos passados 7 meses, nada aconteceria aos nossos pertences. Fizemos a declaração de roubo, compramos uma nova tenda, o mesmo chapéu que roubaram e os chinelos mais baratos que encontramos. Em vez de estar na mítica ‘carretera austral’ estamos num hostel e amanhã temos de voltar à polícia para receber a cópia do auto. A vida continua, mas a confiança, essa, ficou abalada por uns tempos.
Hi guys,
I’m so sorry to read this! I know how much it hurts and that some things are just irreplaceable. But be optimistic: you together and in a good health. That’s worth much much more!
Keep it it!
Viktorie
Que aborrecimento, coitados! Faz muita pena, sobretudo por causa dos apontamentos pessoais da viagem e das recordações! Beijinhos.
Avó Ruth.
É muito triste isso mesmo. Era sobre isso que as pessoas lhes falavam:
https://www.nextstopwhere.com/2016/11/13/so-how-was-it-brazil/
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People would always warn us about some hypothetical danger, which they were often not able to describe very well. It was usually some sort of “here it is safe, but there (wherever that was) you have to be careful, you might get robbed”. We also felt that generally people distrusted each other, such as when we were told to take our bicycles into our hotel room even in the smallest of villages where everybody knows each other.
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